quarta-feira, 18 de agosto de 2010

VOUGA - "LAURA"

Caros seguidores e amigos,

esta será com toda a certeza a primeira de muitas mensagens e fotografias que irei colocar aqui sobre a construção de um Vouga, mais especificamente o Vouga "Laura". O projecto teve início há já alguns meses (quiçá anos), com a procura incessante dos planos da tão desejada embarcação e com a construção de uma verdadeira maqueta...que rapidamente foi esquecida dando lugar à longa jornada que será construir um verdadeiro Vouga...esta será a grande jornada que está a ser realizada por alguém que me é muito próximo, mais especificamente o meu irmão.... bem longe do mar... para grande pena minha...

Com toda a certeza que quem é de Aveiro ou vive perto desta magnifica ria já os viu a navegar por estas águas ... mas aqui fica um pouco da sua história...

"Estas embarcações tiveram a sua origem em Ìlhavo, pelas mãos de Mestre António Ferreira Gordinho, que idealizou e construiu os primeiros Vougas, nos idos anos 20. Este facto coloca-nos na Vanguarda da popularização do desporto da Vela a nível mundial, passando as embarcações mais pequenas e de fácil construção e palamenta a poderem ser executadas ou adquiridas, não só pela aristocracia, mas também pelas classes médias emergentes.(...)Vougas são pequenos navios ou embarcações miúdas, exclusivamente construídas em madeira e movidas à vela, cuja função primordial era a do passeio familiar pela Ria. Salvo raras excepções, são navios de casco redondo, com quilha ou patilhão móvel, e na sua origem armavam duas velas, a grande do tipo latino com mastaréu e o triângulo de vante ou estai.
Actualmente apresentam uma vela grande triangular, um triângulo de vante e um balão, e o mastro é uma peça única." Todo o texto apresentado foi retirado de “ História e Património Local - OS VOUGAS”, por Helder Ventura e poderá ser consultado na net.

Assim aqui ficam as primeiras fotos do trabalho que está a ser realizado com votos de que este seja um projecto com princípio, meio e fim, nem que para isso demore o seu tempo...






Um abraço e até breve.

3 comentários:

  1. Bem amigo... esta "brincadeira" está-se mesmo a tornar uma paixão assolapada hã!?
    Que dizes a deixares o ensino e dedicares-te de corpo, alma e tempo inteiro a isto hem!?
    Quanto a este novo projecto já gosto dele só pelo nome...
    Fico à espera de quando estiver pronto a navegar ser convidado para levar a minha filha homónima até ele.
    Bons ventos

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  2. Ao falar de um MASTREU no VOUGA possivelmente devia dizer que era movel.... O mastro do vouga mais antigo era pequeno e a vela tinha uma carangueja como têm hoje o SHARP.... Só mais tarde apareceram as velas marconi... Na Costa Nova cheguei a andar nos anos 60 nesses barcos de caragueja mais antigos que existiam lá para alugar... Como não havia escolas de vela naquele tempo foi num que aprendi a andar pois permitia mais asneiras... tenho algumas fotos desses vougas...

    antonio

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  3. Pois terei que acrescentar que de facto o mastaréu era móvel e geralmente era mesmo em bambú...e que o balão que a se refere o meu trabalho sobre vougas tem sustentabilidade em três Vougas que conheço e que ostentavam balão no aparelho. Estas eram inovações dos primórdios dos anos 80 e na altura pensei que a constante evolução dos Vougas levasse a que o balão "vingasse" o que não veio a acontecer. Penso sim que faria sentido aplicar-lhes um balão pois o barco tem três tripulantes, e aguantava mais área vélica, como se verifica actualmente com áreas até 24m². Quanto ás fotos que o sr. anónimo refere, dos antigos "center board da costa nova" cujo aparelho vélico aparelhava uma quadrangular com carangueja, gostaria muito de as ver, por razões museológicas e de investigação.
    Helder Ventura

    no ISCIA

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